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Comportamentos de risco na Adolescência

Patrícia Segurado Nunes

Assumir alguns riscos, experimentar e quebrar algumas regras é comum na adolescência. No entanto, os comportamentos de risco podem estar associados com situações de elevada gravidade, a médio ou longo prazo e, em alguns casos, com consequências fatais.

O que são comportamentos de risco? São considerados de risco os comportamentos que podem ter efeitos adversos sobre o desenvolvimento físico e psíquico. Inclui-se nesses comportamentos os que causam dano físico imediato, como por exemplo, brigas com amigos, autoagressões ou tentativas de suicídio, ou comportamentos cujo efeito não é tão manifesto mas cujos efeitos poderão ser cumulativos, como o consumo de substâncias, ou comportamentos sexuais de risco. Estes comportamentos afetam o seu desenvolvimento saudável do jovem e impedem a participação em "típicas" experiências para sua faixa etária.

Consequências dos comportamentos de risco As consequências destas dificuldades podem ser variadas pois normalmente comportamentos de risco geram outros comportamentos de risco. Estes comportamentos dos adolescentes geralmente ocorrem em simultâneo com outros igualmente perigosos e que irão influenciar a vida futura. Delinquência Violências nas relações amorosas ou sociais Toxicodependência e consumos de outras substâncias como álcool ou substâncias Gravidez na Adolescência Doenças Sexualmente Transmissíveis Perturbações Alimentares (anorexia ou anorexia) Etc.

Alguns Sinais de Alerta

  • Alterações de Comportamento (isolamento, afastamento social ou agitação psicomotora)

  • Perturbações no Sono Alterações Alimentares (falta ou excesso de apetite)

  • Dificuldades escolares (faltas às aulas, alterações nas notas, resistência em ir à escola)

  • Mudanças físicas (alterações no peso)

  • Mudanças nas relações sociais

Intervenção É comum perante estas alterações, os pais acharem que é uma fase ou justificaram que também já foram assim. A verdade é que apesar de ser verdade que a adolescência é uma fase, esta não tem de ter consequências negativas ou ser passada em sofrimento, bem como o facto de os pais terem sido assim não deverá ser justificação mas pode explicar alguns comportamentos. O que se passa é que muitas vezes, nestas situações de risco em demasia, sem um pensar nas consequências, e onde os limites são sistematicamente ultrapassados, existe uma história familiar onde existe uma dificuldade nos limites (podendo ser em excesso ou por falta dos mesmos). O jovem é aquilo a que se chama o “sintoma” da família. Retrata dificuldades da dinâmica familiar. A intervenção neste tipo de situações é urgente e necessariamente familiar (ainda que possa ser simultaneamente individual). Não se trata de culpabilizar pais ou outros familiares mas sim de se analisar as dinâmicas familiares para se perceber o que existe e provoca a perturbação do seu bem-estar.


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